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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Comité de Njalane já plantou mangal em uma área calculada em 672 hectares e orgulha-se como campeão dessa actividade em Moçambique

 

        Comité de Njalane já plantou mangal em uma área calculada em 672 hectares e orgulha-se como campeão dessa actividade em Moçambique

Afonso Santos é o presidente do Comité de Gestão de Recursos Naturais de Njalane, posto administrativo de Nhangau, distrito da Beira. Entrevistamo-lo em Njalane, na área onde está a ser desenvolvido o projecto de plantio de mangal.

Lembra que as actividades de plantio de mangal em Njalane, remontam desde 1996. Njalane é a área costeira da província de Sofala que teve maior destruição de mangal, em consequência da acção humana. O mangal tem sido cortado para produção de carvão. O municipio da Beira recebeu muitas pessoas que se deslocaram dos distritos próximos à procura de melhores oportunidades de vida e muitas delas não têm domínio de outras actividades, para além do “aproveitamento” dos recursos naturais, como por exemplo, para produzir carvão, sem noção do impacto ambiental negativo que estão a causar.

“Desde 1996, quando iniciamos as actividades, já conseguimos plantar mangal numa área de 672 hectares, e as actividades prosseguem naturalmente. Podemos até dizer com orgulho que somos campeões de repovoamento de mangal em Moçambique. Em média, cada hectare recebe 10 mil plantas”, disse Afonso Santos.

Segundo Afonso os membros do comité sentem-se gratificados pelo trabalho que estão a realizar em prol do meio ambiente. “O resultado é bastante positivo. Conforme pode observar, as plantas estão a crescer com muita intensidade, a responder a dinâmica do nosso trabalho.”

                             Afonso Santos, Comité de Gestão de Recursos Naturais de Njalane

A reposição do mangal permite que a comunidade local recorra a área para a captura, por exemplo, de caranguejos e tedue. O mangal funciona como viveiro de algumas espécies marinhas como crustáceos. Paralelamente,  o comité tem vendido mudas de mangal para repovoar outras zonas devastadas, gerando alguma renda para o comité.

Contudo, Afonso Santos lamentou a falta de equipamento de trabalho como botas e a falta de condições de sustentabilidade do próprio comité. Referiu que a principal fonte de obtenção de receitas tem sido a venda de sementes e mudas de mangal, mas não tem sido um negócio que corre constantemente. “As pessoas vem comprar de vez enquanto. Então, precisamos de algo que alimente o comité, como por exemplo, um barco de pesca. Como nós vivemos na base da pesca, um barco de pesca com seus equipamentos ajudaria imenso a suprir as necessidades do próprio comité”.

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