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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Mulheres são as que mais sofrem com os efeitos das Mudanças Climáticas



As mudanças climáticas são uma realidade. Em Moçambique, o país mais afetado em toda a região e um dos mais vulneráveis do mundo, as mudanças climáticas se manifestam nas formas de ciclones, inundações e secas. O aumento do desmatamento por operadores nacionais e internacionais, principalmente da Chineses poderá contribuir para o aquecimento global, desertificação, infertilidade da terra e insegurança alimentar, e consequentemente, aumentar a pobreza e a desigualdade.

Em busca de experiências com outros países africanos, Livaningo participou na 13ª conferência internacional sobre Adaptação às mudanças climáticas (CBA13) em Adis-Abeba no passado mês de Abril. Nesta, Clemente Ntauazi, oficial de Programas desta instituição, alertou sobre o impacto que a mudança Climática tem nas mulheres. “Os países africanos são agrários, a mulher é quem mais pratica agricultura; é ela que que produz e garante o sustento das famílias. Os eventos climáticos impedem as mulheres de aceder os recursos produtivos como a terra, desta feita, deixando-a mais vulneráveis a insegurança alimentar”. Argumentou Ntauazi.

Ntauazi alertou ainda, a possibilidade de aumentar a violência baseada em gênero, principalmente no meio rural “devido as praticais ancoradas no sistema patriarcal, quando uma mulher não consegue alcançar os deveres que lhe são impostas, ela torna-se mais vulnerável a violência doméstica”.

Outro ponto destacado pelo representante da Livaningo foi desflorestamento e aumento dos níveis das temperaturas. Para Livaningo o desflorestamento faz com que as mulheres percorram longas distâncias em busca de combustível lenhoso.

Diante desses efeitos, a Livaningo exorta aos governos Africanos em particular, o de Moçambicano a canalizar recursos para as ações de adaptação e mitigação as mudanças climáticas. Não obstante, defende a necessidade de identificar tecnologias sensíveis a gêneros “as mulheres representam a força motriz para o desenvolvimento do país, pelo que, é preciso que as mesmas tenham domínio das tecnologias que podem usar para maximizar os seus resultados”.


A CBA13 teve lugar de 1 a 4 de abril de 2019 na Etiópia e contou com a participação de mais de 250 pessoas proveniente de vários países da Africa, Asia e Europa. O evento reuniu profissionais, representantes de base, tomadores de decisão, representantes de governo, pesquisadores para discutir como se pode impulsionar a ambição para um futuro resiliente ao clima através de um amplo engajamento entre os actores partes.

Recordar que, o evento ocorreu num contexto em Moçambique recente dos efeitos das mudanças climáticas com o recente ciclone IDAI que destruiu 90% da cidade da Beira.

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