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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Consórcio de Recursos Naturais de Sofala e Governo realizam encontro de convivência harmoniosa nas comunidades da Zona Tampão do Parque Nacional da Gorongosa




O evento decorreu na sala de Conferências do Complexo Novo Mundo, na Sede do Distrito de Gorongosa no mês corrente, e contou com a participação de cerca de quarenta e seis pessoas, dentre elas representantes do Governo provincial e Distrital, representantes do Parque Nacional de Gorongosa, representantes do Consorcio de Gestão de Recursos Naturais de Sofala e a comunidade em geral.

Este encontro surge da necessidade de identificar e melhorar a convivência entre as comunidades locais localizadas no interior e na Zona Tampão do Parque Nacional de Gorongosa e os operadores do Parque Nacional da Gorongosa.

Pretendia se também divulgar a legislação referente a diversas actividades nas zonas localizadas no interior e na zona tampão do Parque Nacional da Gorongosa.

Na ocasião foram apresentados vídeos e depoimentos que retratam situações de desrespeito protagonizadas pelos fiscais do Parque Nacional da Gorongosa.

Um exemplo claro do desrespeito é a clara situação de excesso de zelo, aonde chegam a prender os membros das comunidades, chegando mesmo a abrir panelas nos domicílios das comunidades para, alegadamente verificarem se a carne que estivessem eventualmente a confeccionar nas panelas, não se tratava de um animal bravio cujo abate e consumo na zona do parque e na reserva são proibidos por Lei.

Perante os factos  apresentados pela comunidade, o Chefe de Departamento das Áreas de Conservação na Direcção Provincial de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Cidélio Pedro, condenou a atitude dos Fiscais e disse que  a Legislação Sobre as Zonas Protegidas Especiais, é bem clara, afirmando que prevê Multas, penas acessórias e penas de prisões, que variam  de  12 a 16 anos para a  caça e armas proibidas, e são detidos o autor e também quem manda ou quem financia, transporta as espécies abatidas.

Por outro lado, o representante da SPFFB, Silvestre dos Santos disse que se deve encontrar um meio termo e acordar com o PNG, no sentido de garantir que as comunidades se alimentem com base nos Recursos Naturais locais, desde que esse acordo seja acomodado na Lei da biodiversidade. Defendeu ainda haver necessidade do apoio do PNG na tradução da lei para chegar aos membros das comunidades para seu entendimento e cumprimento.

Como forma de ultrapassar os problemas de convivências na zona do Parque de Gorongosa, os participantes deixaram algumas recomendações, que compreendem, desde a divulgação das leis durante os encontros dos comités envolvimento dos Régulos, Nfumos o PNG na divulgação das Leis nas comunidades, denunciar os maus tratos ou outros actos ilegais protagonizados pelos fiscais, usar rádios comunitárias para divulgação das Leis na base, entre outras.

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