Visando tornar a Agenda 2030 uma
realidade, o consórcio constituído por Livaningo, Adel Sofala, Muleide, IPAJ e
Rede De Jornalistas Amigos do Ambiente (RAJAA), promoveu no passado dia 16 de
Março, na cidade da Beira, capital da província de Sofala, um “workshop” de
Acompanhamento da Implementação de Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS).
O principal objectivo do
“workshop” era de conhecer a pertinência de como cada organização está a
contribuir para o alcance dos mesmos; assegurar que todos os participantes
tenham conhecimento dos ODS; reflectir sobre as acções que cada organização
está a contribuir para o alcance das ODS e criar ou construir um guião para as
organizações incluírem os ODS nos seus relatórios institucionais.
O evento que contou com a
participação de representantes da sociedade civil e Função Pública, visava
igualmente, motivar as organizações e instituições a incorporarem a
implementação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável nos trabalhos e
reportar nos respectivos relatórios institucionais.
“Apesar de ser um resultado não
fácil de se atingir pois depende muito da força de vontade de
cada organização e instituição, acreditamos que a criação dessa oportunidade de
aprendizado para quem não conhecia os ODS e a troca de ideias entre os grupos
vai incentivar de certa forma os participantes a engajarem-se mais para
alcançar os ODS", referiu Titos Rodrigues,
representante da Direcção Provincial de Saúde de Sofala.
Dos 17 Objectivos de
Desenvolvimento Sustentável os presentes no “workshop” da Beira elegeram seis
(6) ODS para serem debatidos: - 1. Erradicação
da pobreza; 3 - Saúde e Bem-estar; 5 - Igualdade de Género; 13 - Acção contra a
Mudança Global do Clima; 15 - Vida Terrestre e; 16 - Paz, Justiça e
Instituições Eficazes.
Dentre vários problemas
discutidos e que embaraçam o alcance da Agenda 30, ficou patente que muitos furos de água em Sofala têm lacunas, uma vez
que liberam líquidos que não são próprios para o consumo humano. “Existem casos
concretos do distrito de Gorongosa. Por isso até 2030 deve se
alcançar o acesso universal e equitativo a água potável, segura e acessível
para todos. Contudo, não será um objectivo fácil para o contexto do país”, anotaram.
Organizações da sociedade
civil apelaram o governo local a estar consciente que, algumas metas são
prioridade para as comunidades como a questão da água potável para todos,
erradicação da pobreza e fome zero.
Ao longo dos anos, o consórcio Comité de Gestão de Recursos
Naturais de Sofala tem se engajado entre outras para até 2030, garantir que
todos os homens e mulheres, particularmente os pobres e vulneráveis, tenham direitos
iguais aos recursos económicos, bem como acesso a serviços básicos,
propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, herança,
recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços financeiros,
incluindo microfinanças; construir a resiliência dos pobres e das pessoas em
situação de vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a
eventos extremos relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos,
sociais e ambientais; alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as
mulheres e meninas; eliminar todas as formas de violência contra todas as
mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e
exploração sexual e de outros tipos; empreender reformas para dar às mulheres
direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a propriedade e
controle sobre a terra e outras formas de propriedade, serviços financeiros,
herança e os recursos naturais, de acordo com as leis nacionais; tomar medidas
urgentes para combater a mudança climática e seus impactos; reforçar a
resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e às
catástrofes naturais em todos os países; integrar medidas da mudança do clima
nas políticas, estratégias e planeamentos nacionais; melhorar a educação,
aumentar a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre
mitigação global do clima, adaptação, redução de impacto, e alerta precoce à
mudança do clima; implementar o compromisso assumida pelos países desenvolvidos
partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima para a meta
de mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões por ano até 2020, de todas as
fontes, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento, no contexto
de acções significativas de mitigação e transparência na implementação; e
operacionalizar plenamente o Fundo Verde para o Clima, por meio de sua capitalização,
o mais cedo possível.
O “workshop” de Acompanhamento da
Implementação de Objectivos de Desenvolvimento Sustentável deixou as seguintes
recomendações: Deve-se melhorar a difusão da informação sobre ODS para que todos
tenham acesso e conhecimento; Necessidade de difundir pequenas mensagens ou
informações resumidas na rádio e; nas próximas apresentações há necessidade de
problematização do conceito de desenvolvimento sustentável.
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