Domingos Fongo, membro do Comité de Gestão de Recursos Naturais de Nhanchir
Tem 61 anos de
idade, mas diz que somente este ano teve a noção dos efeitos das mudanças climáticas na vida das comunidades, devido ao trabalho do programa Comités
de Gestão de Recursos Naturais de Sofala: Governação Local, Direitos e Mudanças
Climáticas, constituído pela ADEL Sofala, Livaningo, IPAJ, Muleide e Rede de
Jornalistas Amigos do Ambiente que tem sensiblizado as comunidades de Nhanchir,
distrito de Marínguè, a reduzir o desmantamento e a apostar no reflorestamento.
“Como membro do Comité de Gestão de Recursos Naturais de Nhanchir tenho estado num grupo que desloca-se porta a porta para explicar o risco das queimadas descontroladas e apelar as famílias para evitarem fazer o desmantamento”.
Domingos explica
que para que o trabalho de sensibilização surta efeitos
desejados, o comité decidiu junto com as
autoridades locais que quem for encontrado a fazer as queimadas descontroladas
terá uma punição. “As sanções são decididas em casa do régulo que podem
ser a limpeza de machambas, lavoura, lançar sementes, varrer a estrada, etc”.
Antigamente, as
comunidades não tinham a noção do impacto das queimadas descontrolas, por isso, não era possível conseguir produzir nas
machambas, porque tudo era destruído com a chama do fogo, aumentava o problema
da seca e a destruição das florestas.
“Actualmente, temos
controle no que diz respeito às queimadas
descontroladas, conseguimos sensibilizar toda comunidade com ajuda dos régulos,
sapandas e phumos. Toda comunidade tem acatado com as recomendações”, disse
Domingos.
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