Falando na abertura oficial da reunião de
mesa redonda “Governação direita e Mudanças climáticas “que
teve lugar no distrito de Maringue, província de Sofala, no dia 04 de Julho do
corrente ano, organizada pelo Consorcio de Gestão de Recursos Naturais, o
Admistrador do distrito, Francisco Garife disse que grande parte dos recursos
florestais em Maringue é explorados de forma ilegal, e isto acarreta
consequências negativas” a nossa realidade neste distrito mostra-nos que grande
parte dos nossos recursos estão sendo explorados de uma forma ilegal pelos
furtivos de todo o calibre, o governo está preocupado com este cenário mais
enfrenta dificuldades imensas para travar esta situação devido a fraca
fiscalização. E consideramos uma perda enorme”.
Francisco Garife apelou à comunidade para
denunciar as irregularidades o processo de fiscalização dos recursos Naturais,
como forma de impedir que os recursos florestais sejam delapidados “todos nós
somos chamados a fiscalizar e a denunciar qualquer actividade ilegal de
exploração destes recursos. A fiscalização não é somente de responsabilidade do
Governo, os nossos líderes comunitários, a população em geral, os comités de
gestão, também tem a obrigação de controlar e monitorar a exploração dos
recursos florestais nas suas comunidades”.
Entretanto a comunidade representada pelos
Comités de Gestão dos Recursos Naturais sente se frustrada e desmotivada devido
ao envolvimento de alguns líderes locais na corrupção. Segundo relatos do chefe
do posto administrativo de Canxixe, este é um dos postos que mais sofre com a
situação da exploração ilegal dos recursos naturais, e os Régulos, Sapandas e
Mfumos estão envolvidos no processo de corte ilegal da madeira, estes tem sido
cooptados e acabam recebendo algum valores para facilitar a entrada dos
furtivos nas comunidades.
Os Comités lamentaram ainda o facto de não
ter a informação sobre o estado das suas denúncias, por exemplo, não sabem se
estas foram pagas pelo explorador ou não, e nem sequer se estas multas chegam
às autoridades competentes, pois todos os anos existem vários casos de
denúncias, mas nenhum retorno chega às comunidade.
Refira se que esta mesa redonda visava
refletir sobre a fiscalização dos recursos naturais em Moçambique, com
principal ênfase para o distrito de Maringue, bem como a analisar o impacto da
não canalização dos prémios aos fiscais, suas expectativas vs frustrações e,
assim como discutir os desafios locais da fiscalização e as possíveis soluções.
O encontro contou com a presença do
Administrador do distrito, representante do Director dos Serviços Distritais de
Actividades económicas, autoridades locais, fiscais distritais de florestas e
fauna bravia, representantes da Adel Sofala, Livaningo e Muleide, e
representantes dos 10 comités de gestão dos recursos naturais envolvidos no
programa.

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