Teve lugar esta segunda-feira, 14 de Fevereiro, em Maputo, o lançamento da Auscultação Pública do Anteprojecto da Lei Florestal.Trata-se de um instrumento que visa assegurar uma exploração sustentável e gestão criteriosa do património florestal e que reflicta os interesses de todos.
A cerimónia foi presidida pelo
Presidente da República, Filipe Nyusi, que exortou o povo moçambicano, as
organizações sócio-económicas, o sector privado, a academia, a ordem dos
engenheiros, as comunidades locais, as organizações políticas, a sociedade
civil, aos órgãos de governação descentralizada e outras instituições afins,
para que se engajem activamente no processo de auscultação, de modo a obter uma
lei florestal mais consensual possível, uma lei que sirva a todos como nação e
proteja este património comum.
“Queremos garantir como fruto de um amplo
processo de auscultação à preparação de uma proposta de lei que seja mais
participativa, inclusiva e transparente. Vamos todos participar”, disse o Chefe
do Estado que espera a valorização de produtos florestais, reconheçam a sua
importância económica, social e cultural, incorporação das questões ligadas às
mudanças climáticas, estimular a investigação científica, orientada para os
principais desafios do sector florestal, e incrementar o reflorestamento.
O evento da auscultação pública contou
com a presença do Banco Mundial, que anunciou estarem a ser investidos 900
milhões de dólares em projectos de exploração sustentável de florestas.
“No sector florestal, em particular, a
reforma iniciou em 2018, com o apoio do projecto de investimento florestal do
Banco Mundial, sob assistência da FAO”, disse Idah Pswarayi-Riddihough,
directora do Banco Mundial em Moçambique.
Iday sublinhou que o país tem sido
exemplo na redução de efeitos de carbono, ao ter sido o primeiro país a
receber, do Fundo de Parceria para o Carbono Florestal (FCPF), Pagamento por
Redução de Emissões provenientes do desmatamento e degradação florestal em 1.28
milhões de toneladas. O valor que encaixou como reconhecimento foi de 6.4
milhões de dólares.
Uns dos
principais desafios que Moçambique enfrenta na preservação de recursos
florestais é o desflorestamento e o abate da fauna por caçadores furtivos, num
contexto em que 80% dos moçambicanos buscam energia doméstica (lenha),
medicamentos e outros recursos nas florestas.
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